" — Mãe, eu só tenho você para me ensinar a ser forte. Se você não me ensiná-lo, eu estou fudido."
Às vezes eu me sinto muito mais do que sozinho. Excluído. Abandonado. Ausente. Distante. Neutro. Do lado de fora. Inexistente. Claro que eu á pensei muito, muito sobre isso. É mesmo possível que, de alguma forma, é também desejo meu viver ou estar (talvez até mesmo "ser") sozinho. Nesse momento eu penso se também não teria a ver com o fato d’eu me sentir muito preenchido, muito preenchido, sem espaço para outros. É mesmo possível. Mas, não sei bem, não sei bem do que eu estou preenchido. Muitas vezes parece que é só de vazio; estou repleto de vazio. Não há como não sentir um pouco de arrependimento, remorso e raiva de não ter conseguido ser coisas que eu sempre quis, que eu sempre sonhei para mim. Os anos todos se passaram e ainda qu’eu tenha me tornado alguma coisa (quem sabe até mesmo uma coisa muito boa) não me tornei aquilo qu’eu havia de todo coração preparado para mim durante toda minha infância e adolescência. Assim tenho uma sensação muito grande de fracasso. Acho que até pouco tempo eu só tinha a culpar ou a mim mesmo (e isso me deixou apático e triste por muito, muito tempo mesmo) ou ao mundo (e isso me tornou bastante revoltado, me trouxe bastante ódio do mundo e das pessoas que de fato o constróem) ou mesmo aos dois simultaneamente (e isso me fez pensar que eu jamais poderia viver neste mundo ou que este mundo jamais poderia viver comigo). Isso tudo ainda está bem presente aqui dentro. Mas, agora, eu tenho invitado outras pessoas no meu círculo pessoal de atribuições de culpa. Eu sinto que não tive um modelo, alguém que me ensinasse a correr atrás das coisas, alguém que me motivasse a superar obstáculos, a gritar e exigir coisas que fossem importantes para mim, que me mostrasse como efetivar desejos. Busco por todo meu horizonte humano e não encontro ninguém. Vejo vários modelos, talvez muitos, mas de fraqueza, de apatia, de comodidade, de medo, de fuga, de ausência e todas as coisas do tipo. Eu não tive bons exemplos nos momentos mais importantes, nos momentos mais imprescindíveis, nos momentos que teriam me definido de uma forma mais positiva, de uma forma forte e vencedora: exatamente o que eu sempre senti preparado para mim, o que sempre senti que estava me esperando. Parece que fui uma potencialidade extremamente linda que se perdeu, que não se concretizou e que agora só fica por aí chorando pelos cantos, ou sorrindo o sorriso mais pálido, melancólico e forçado que há. Como se fosse um atleta que surpreende a todos com sua incrível raça e talento esportivo, que vai crescendo muito a muito na própria competição mas que na final, bem no final da final, algo le pasa y la magia no se da. Decepção. Choque. Surpresa. Frustração. Castração. Na hora H, quando todos já estavam de boca e coração abertos para gritar o êxtase mais profundo, ele ou alguma coisa com a qual ele se mantinha conectado, falhou. E todas as pessoas já haviam ido embora, todo o estádio estava escuro e nem mesmo o pessoal da limpeza ainda era presente. O próprio vento não ficou por ali, preferiu tentar seguir a vida em outro lugar, e não havia mesmo necessidade de consolo ou alguma coisa do tipo. A cada experiência de auto-frustração o sentimento de inveja só vai aumentando. Oh, como tenho sentido inveja esses últimos anos! É um sentimento muito, muito ruim ter raiva dos felizes. Eu tive sim todas essas viagens incríveis, algo que hoje é o que mais sobressai na minha lista de feitos legais ao longo dessas décadas, mas esse sentimento de possuir uma linda potencialidade não realizada, não concretizada, é absurdamente ruim, extremamente degradador. A dança, o futebol, o vôlei, a música, o palco, as câmeras.. os gritos, as pessoas, as luzes, o suor, o chão, as estradas, os aeroportos, os hotéis.. tudo isso mal chegou e foi embora muito antes de se estabelecer. Sei que muitos me acham e me acharão dramático (mais ainda os que me acharam) e a esses digo que eu também me sinto dramático. Muito dramático. É uma mistura de sem-querer (porque eu também acho que muito drama é só drama e nada mais) com querendo, porque, afinal, o drama pode ser simplesmente movimento, quer dizer, simplesmente não-apatia ou tentativa de movimentar o mundo afinal de contas! Porque, talvez, antes dramático do que apático, do que passivo e conformado com qualquer merda só para não entrar em contato com sei lá o que de interno ou externo ou ambos para todos os lados e cantos. Minha alimentação que já foi vegana hoje quase que se restringe a biscoitos passatempo misturados com sorvetes e muito mais biscoitos passatempo com bastante sorvete e mais biscoito passatempo para caralho. Nunca havia percebido tanto assim minha barriga, ela sempre esteve lá mais eu nunca parei a atenção muito nela; agora eu só penso nela porque a dor não passa e quando está quase, quase passando eu faço uma nova refeição de biscoitos passatempo com muito sorvete coberto de bastante biscoito passatempo acompanhado de sorvete para caralho junto com bastante, bastante biscoito passatempo. A lactose toma conta de um corpo ex-vegano. Minha força de vontade está muito além das luas dos planetas mais longínquos das galáxias mais distantes dos universos mais imprevisíveis. Aliás, "força" e "vontade" são palavras a redoscobrir. Sozinho, porque muito provavelmente não terei modelos de força e vontade, muito pelo contrário. É exatamente disso que trata esse texto: dessas faltas todas. Ou dessas presenças vazias todas. Essa música aí "La Fuerza Del Destino" sin embargo me traz alguma esperança. Por mais que a maioria das pessoas não crêem em frutarianismo, não experimentam Ecologia Profunda.. é importante eu dizer isso porque, como humano, como ser, também preciso dessas pessoas, também vivo e compartilho e me relaciono com essas pessoas. Independente da cor que eu tenha ou não tenha, eu existo em um mundo onde caixas de lápis-de-cores existem; independente d’eu sempre ter votado nulo e das pessoas votarem no lado de cá ou de lá, eu existo em um mundo onde existe o sistema eleitoral e eu tenho todos os direitos (queria usar outra palavra) que qualquer um tem ou teria. Eu exijo o meu espaço, quer dizer, eu gostaria de exigir meu espaço se eu soubesse como fazê-lo.
"— Mamá, ayudáme, dale!"
"LA FUERZA DEL DESTINO
Nos vimos tres o cuatro veces
por toda la ciudad.
Una noche en el bar del Oro
me decidí a atacar.
Tú me dijiste diecinueve
no quise desconfiar
pero es que ni mucho ni poco
no vi de dónde agarrar.
Y nos metimos en el coche
mi amigo, tu amiga tú y yo
te dije nena dame un beso
tú contestaste que no.
Empezamos mal y yo que creía
que esto era un buen plan.
Aquella noche fue un desastre
no me comí un colín
éstas son sólo un par de estrechas
nos fuimos a dormir
Pero la fuerza del destino
nos hizo repetir,
dos cines y un par de conciertos
y empezamos a salir.
No sé si esa cara tan rara
un ojo aquí y un diente allá
o el cuerpecillo de gitana
mujer a medio terminar.
Tu corazón fue lo que me
acabó de enamorar.
Y nos metimos en el coche
mi amigo, tu amiga tú y yo
te dije nena dame un beso
tú contestaste que no.
Empezamos mal y yo que creía
que esto era un buen plan.
Y desde entonces hasta ahora
el juego del amor
nos tuvo tres años jugando
luego nos separó.
Pero la fuerza del destino
nos hizo repetir
que si el invierne viene frío
quiero estar junto a ti. (Fey)"
domingo, mayo 21, 2006
viernes, mayo 05, 2006
queridos amarillos,

ustedes se fueron hace trés días. por amor, les digo que yo no suportaría saber que están ustedes a llorar por haberen jugado en la explosión emocional que tuve yo hacia el jardinero, hacia mi hermana y, en especial, hacia mi mamá. no tienen la culpa, ustedes. soy yo que todavía la veo como un ejemplo horrible para la vida que quisiera yo desarrollar desde ahora y para siempre. lo saben, ustedes, porque son vegetales y así están conectados con el Amor. perdonáme mamá, perdonáme família por no haber sido un chico quizás más justo y amoroso en términos practicos. el Amor que tengo yo acá dentro es tán, tán imenso que ni sabe como se arrollar hacia la gente más cercana. pero lo tengo, se lo digo yo desde el hondo de mi corazón. créelo ustedes, créelo ustedes. era un día de semilla amarilla como ustedes. al caer de la luna hice sonidos y respiración de sinceras sensibilidades buscándo reparación. no arrepientome, lo estoy seguro. estoy tratando solo de vivir de una manera coerente con ello que sinto acá fuerte, sin más quedarme ajeno lleno de llanto y vacio de esperanza. queridos amarillos, les amo tanto y voy a aprender a amar a ellas con el mismo gusto. solo porque quiero y necessito poner en acción el este Amor.
jueves, mayo 04, 2006
des petites mots africainnes..
"L'homme ne vit pas que pour remplir son ventre. Il doit penser, remuer des idées. La plus chère de ces dernières, c'est l'idée de liberté. Nous avons à être des hommes délivrés, pleinement libres".
"La lune se promène dans mes yeux". "J'ai le coeur étoilé". "Le jour danse en moi..."
"Entouré de ma solitude, je travaillerai. Je ne fuis pas mes responsabilités. Mais elles me font voir combien je suis seul..."
Charles Nokan, Les Malheurs de Tchakô.
"La lune se promène dans mes yeux". "J'ai le coeur étoilé". "Le jour danse en moi..."
"Entouré de ma solitude, je travaillerai. Je ne fuis pas mes responsabilités. Mais elles me font voir combien je suis seul..."
Charles Nokan, Les Malheurs de Tchakô.
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